2014: Tempo de renovação
O Ano Novo já está aí para pensarmos em metas a serem alcançadas com garra e otimismo. Em vez de reclamar, criticar e falar mal, temos de definir as metas que queremos alcançar e transformar o querer em ação, com trabalho sereno, constante, cumprindo tarefa por tarefa com alegria.
Com o encerramento de 2013
poderíamos ficar desfiando um montão de problemas. Os mais críticos parecem ser
o crescimento do individualismo, que reduziu a consideração, e o avanço da
religião do dinheiro, que insensibilizou a vida, tornando-a mecânica e áspera.
As coisas ficaram mais difíceis; os relacionamentos humanos se mostram com
pouca consistência. Além da destrutiva inveja, há como uma dormência no ar,
faltam vibração e autenticidade no falar e no agir. É o domínio do raciocínio e
a ausência do Amor.
O dinheiro se tornou a preocupação dominante da maioria das
pessoas, pois sem ele não dá para ir a nenhum lugar e nada se pode fazer.
Pensamentos descontrolados convergem para a falta do dinheiro ou então no que
fazer para ganhar mais e mais. Há muita teoria econômica, mas na prática a
realidade continua sendo brutal. O consumismo se tornou um derivativo de
compensação. No entanto, depois de tantas riquezas transferidas para fora, não
há porque negar ao dedicado trabalhador do Brasil o direito de ter a sua
geladeira e máquina de lavar.
O escritor inglês, James Allen (1864-1912), definiu o pensamento
e o caráter como uma coisa só; “e como o caráter só pode se manifestar e
se descobrir por meio do ambiente e das circunstâncias, as condições exteriores
da vida de uma pessoa sempre estarão em uma relação harmoniosa com o seu estado
interior”.
Tudo que se faz na vida exige um aprendizado. Ninguém em bom
juízo pegaria um automóvel para sair pelas ruas sem estar capacitado e com
pleno conhecimento. No entanto, na forma de viver ninguém se preocupa em se
capacitar, em entender as leis que regem a vida. Há um ordenamento na vida: são
leis invisíveis que regem a Criação, que asseguram a vida e a liberdade de
decidir com a respectiva responsabilidade sobre o que pensamos, falamos ou
fazemos.
Nem sempre conseguimos perceber os processos da atuação das leis
naturais da Criação, por isso uma grande maioria imagina que elas nem existam,
apesar de dia a dia nos defrontarmos com os seus efeitos, dos quais ninguém
consegue se esgueirar. Por isso mesmo temos de permanecer atentos aos efeitos
de nossas ações sobre nós mesmos e outras pessoas também, para não
semearmos ruína e infelicidade à nossa volta.
O Ano Novo já está aí para pensarmos em metas a serem alcançadas
com garra e otimismo. Em vez de reclamar, criticar e falar mal, temos de
definir as metas que queremos alcançar e transformar o querer em ação, com
trabalho sereno, constante, cumprindo tarefa por tarefa com alegria. Assim
conservaremos a paz e a saúde, física e psíquica. Temos de colocar uma base
sólida para o pensar. Já se disse que somos o resultado do que pensamos. Darwin
escreveu que “o estágio mais elevado possível na cultura moral é quando
reconhecemos que devemos controlar os nossos pensamentos”.
Temos de inspirar os jovens para pensarem de forma serena, e que
tenham o propósito de melhora contínua das condições de vida e do aprimoramento
da espécie humana. Para alcançarmos a paz duradoura, precisamos criar no
planeta condições de vida que nos permitam ser verdadeiramente humanos, sob a
Luz da Verdade. Abdruschin, autor da Mensagem do Graal, recomenda que nos
esvaziemos de pensamentos, deixando irromper livremente o impulso para as coisas
nobres e boas, o que nos dá a base para o pensar sobre o que procede do
espírito. Nunca é tarde para a renovação; aproveitemos o momento.
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