Pague menos impostos dentro da lei
O planejamento tributário, também conhecido por elisão fiscal, é uma alternativa que poderá contribuir para que a empresa “PAGUE MENOS IMPOSTOS DENTRO DA LEI”
Planejamento tributário para
2014: ainda dá tempo?
A correria do final do ano não lhe permitiu avaliar as
possibilidades de tributação e identificar qual regime tributário pode ser mais
favorável para sua empresa?
Não precisa se lamentar!
Dependendo do nível de organização da sua empresa, ainda será
possível fazer o planejamento tributário para 2014, mas antes é necessário
perceber valor nesta ação.
O planejamento tributário é uma prática essencialmente
necessária para as empresas em função das constantes mudanças nas leis. Temos,
em média, mais de 5 mil normas que sofrem mais de 2 alterações a cada hora,
alterações estas que consomem 2.600 horas de trabalho por ano e impactam,
de forma direta ou indireta, nos custos dos produtos ou serviços da sua
empresa. Importante ressaltar que toda empresa deve fazer os ajustes que garantam
a manutenção de sua competitividade, respeitando as normas legais.
Trata-se de uma ação responsável, isso porque os administradores
da empresa têm o dever de implementar boas práticas de gestão e
estão obrigados a prestar contas, respondendo pelo resultado de sua gestão
perante a sociedade e também à terceiros.
Também é aplicável a qualquer porte de empresa, pois o
investimento para implementá-lo chega a ser irrelevante se comparado aos
benefícios gerados por ele mesmo. Assim, não pode ser encarado como um
custo, mas sim como um investimento inteligente e gerador de riquezas.
Na sua elaboração devem ser observados os 10 mandamentos abaixo:
1 – Crie um grupo de trabalho com competências jurídicas,
tributárias, contábeis, de inteligência fiscal e de gestão;
2 – Estabeleça um cronograma de trabalho para que seja
implementado no mês de janeiro de cada ano;
3 – Avalie as condições patrimoniais dos sócios, inclusive a
participação em outras empresas e suas situações fiscais;
4 – Avalie a situação fiscal, contábil e legal da empresa objeto
do planejamento;
5 – Envolva a alta direção no processo do planejamento
tributário, atribuindo-lhes a responsabilidade de validar os dados e
informações;
6 – Obtenha, da direção, informações confiáveis do cenário do
negócio e dos planos estratégicos que serão implementados a curto, médio e
longo prazo, que contribuam com respostas para as seguintes questões:
Qual o macro e micro cenário previsto para o negócio no próximo
ano?
Quais são as estratégias estabelecidas para o próximo ano?
Quais são as ações previstas para apoiar as estratégias
estabelecidas?
Quais são os investimentos necessários, as fontes financiadoras
e os custos?
Qual o montante de clientes da empresa que necessitam dos
créditos integrais do ICMS, PIS E COFINS ou exigirão descontos comerciais caso
haja impossibilidade de obtenção dos créditos?
Os sócios da empresa participam de outras sociedades como sócios
ou como administradores?
Quais são as operações que podem gerar créditos do PIS e COFINS
para empresa?
Qual é a forma e o valor da remuneração dos sócios?
Qual é o custo dos encargos previdenciários da folha de
pagamento da empresa?
Qual é o prazo médio de venda praticado?
Qual é a sistemática utilizada na formação de preços?
A empresa tem obtido lucro ou prejuízo nos últimos períodos? E
quais são os resultados previstos no planejamento estratégico?
7 – Elabore um diagnóstico contemplando todas as informações
anteriores, levando em consideração as mudanças tecnológicas que afetam os
processos do negócio;
8 – Elabore simulações com base no diagnóstico, comparando as
possíveis formas tributárias: Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional,
além de utilizar os benefícios legais de postergação ou, até mesmo, afastar a
incidência de fatos geradores dos tributos.
É importante que as simulações contemplem, além das formas
comparativas dos regimes, a evidência de vantagens de cada tributo em cada
regime tributário de forma comparativa, assim ficará muito claro os pontos
determinantes da escolha.
Um aspecto fundamental que deve ser levado em consideração é a
qualidade da escrituração contábil, esta deve demonstrar com fidedignidade a
real situação da empresa por meio do balancete mensal. Sem saber qual é o lucro
líquido não será possível fazer as comparações entre os regimes
tributários
9 – Avalie o impacto, tomando como base a indicação do regime
tributário e a organização legal da empresa identificado no mandamento
anterior.
Deverá levar em consideração um cenário pé na lama, prevendo
resultados negativos; um cenário pé nas estrelas prevendo resultados muito
desafiadores; e um cenário pé no chão prevendo resultados conservadores e com
grau elevado de possibilidade de se materializarem;
10 – Submeta o planejamento tributário à aprovação da direção e
dê início as adequações e providências necessárias para implementar as
ações nele definidas, como forma de garantir os benefícios identificados para o
ano de 2014.
O planejamento tributário, também conhecido por elisão fiscal, é
uma alternativa que poderá contribuir para que a empresa “PAGUE MENOS IMPOSTOS
DENTRO DA LEI”.
Não podemos confundi-lo com a evasão fiscal, que é a prática
ilegal para sonegar impostos.
Outro grande benefício do planejamento tributário é a sua
contribuição na formação de uma cultura geradora de resultados legais no
sentido amplo, levando a empresa para patamares superiores de forma sólida e
consistente.
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